Between Universalism and Difference: The Singular Movement of the São Paulo Biennials

− Abstract

A constituição da Bienal de São Paulo encerra uma multiplicidade de realidades históricas, possibilidades de sentido, ações, iniciativas e relações sociais.  A despeito da pluralidade das facetas que a compõem, pergunto se, ao longo dos anos de sua realização, ela não se legitimou mediante uma oscilação entre pontos de vista ambivalentes, ora pendendo para a arte de culturas nacionais, regionais, locais, ora para o universalismo das obras de arte, mas sempre enfeixando ambas as perspectivas em uma unidade complexa. Tal movimento longe de privilegiar uma daquelas orientações, na realidade, vem provocando uma discussão constante, apaixonada e exaustiva, entre críticos, curadores, historiadores e artistas. Não fora esse debate, dificilmente teriam sido realizados projetos expositivos tão distintos quanto os da I Bienal (1951), VI Bienal (1961), I Bienal da América Latina (1978) e XXV Bienal (2002).  Nesse sentido, abordo o movimento singular das bienais de São Paulo, a partir das noções de universalismo e diferença, articulando essas noções aos exemplos apontados, com o intuito de evidenciar a constituição múltipla e complexa das Bienais de São Paulo.